É um modelo de criação e representação sonora colectiva inspirado na arquitectura do Panopticon, um edifício projectado por Jeremy Bentham no século XVIII, onde uma torre central tem uma visão de 360 graus sobre as celas de prisioneiros que estavam dispostas em círculo. Conceptualmente, porém, as ideias de controlo e poder contidas no Panopticon são substituídas por representações sonoras, livres e abstractas na sua essência, que encontram diferentes significados nos processos de reflexão individual desencadeados em cada ouvinte. O Phonopticon é um espectáculo onde são exploradas novas formas de expressão nas áreas da composição, interpretação e espacialização electroacústica, recorrendo à construção de novos instrumentos acústicos e electrónicos como elemento fulcral em todo o processo de criação. Em termos cénicos, o Phonopticon reúne no centro uma série de fontes sonoras (instrumentos acústicos, eléctricos e altifalantes) que podem ser visualizadas por toda a audiência, disposta concentricamente. A audiência é ainda envolvida por um conjunto de altifalantes dispostos nos limites do círculo envolvente.






Composição e performance:
Alberto Lopes, Gustavo Costa, Henrique Fernandes, Ricardo Jacinto, José Alberto Gomes, Filipe Lopes, Alexandre Soares, Tiago Ângelo, Marta Zaparolli, Hanna Hartman & Anne Tuerlickx.
Video de Augusto Lado